Uma pergunta que muitos fazem. E, a resposta é: enquanto a autonomia e a independência estiverem preservadas, esta deve ser uma decisão da própria pessoa.
É muito comum familiares decidirem o que seus pais devem fazer quando estão vivendo sozinhos. Em geral, isso acontece quando um dos cônjuges falece.
A primeira ação dos filhos é; “papai ou mamãe não pode mais ficar sozinho ou sozinha”.
A partir desta primeira impressão começam a agilizar as mudanças e, de repente, comunicam que “papai ou mamãe se mudará de casa”, “papai ou mamãe deve ficar próximo do filho”, papai ou mamãe não deve mais viver sozinho”.
Na maioria das vezes, não dialogam sobre o assunto. Decidem por alguém cuja cognição está totalmente preservada, além de ser uma pessoa autônoma e independente tanto física, quanto financeiramente.
Muitas vezes, a situação ocorre de duas maneiras: ou levam para a casa dos filhos, ou o filho que está incomodado com a situação se muda para a casa do pai ou mãe que ficou só.
Alguns equívocos decorrem desta situação. Em muitos casos, aquela pessoa que acabou de perder seu companheiro de anos, perde em sequência, o seu espaço, a sua liberdade, a sua casa, a sua intimidade, a sua história de vida.
Por isso, esta situação é tão delicada e carece de muitos debates e reflexões por parte dos familiares. É preciso avaliar em conjunto qual é a melhor estratégia. E, se o idoso tem a sua capacidade funcional e cognitiva preservadas, deve se levar em consideração o princípio da autodeterminação.
No entanto, existem pessoas que não possuem mais condições de viver sozinhas. Antes de tomar decisões é preciso considerar algumas questões, como por exemplo:
Seria viável morar na casa de um familiar?
Seria melhor que algum familiar viesse morar com a pessoa que está sozinha?
Seria melhor mudar para um residencial destinado a pessoas idosas?
Seria melhor contratar suporte de cuidadores formais?
Muitas vezes, com a tomada de decisões amadurecida, a complexidade dos problemas pode diminuir. No entanto, estando a pessoa com sua cognição minimente preservada, envolvê-la no processo é fundamental.